quinta-feira, 29 de novembro de 2007

[2007] De Terça pra Quarta

De Terça pra Quarta
(2007)

Plena terça-feira...
sonhando algo pleno, algo puro...
devaneios loucos, sorriso desesperado
tão alto, tentando rimar algo
palavras sem sentido mas em seqüência...
quem sabe valha alguma coisa...

Do mundo isolado por uma porta
lá fora não quero chegar
viver esse sonho aqui dentro
mordendo cada pedaço de saudade
nutrindo esperanças doidas
de um mundo pacífico pra sempre...

No rádio toca qualquer canção
zapeando por entre canais desinteressantes
seu rosto aparece na televisão
parece ter saído de algum lugar bom...
o álcool atordoando o cérebro
a carne doendo de desejo por você...

Passeio entre ruas desertas
vidas ingênuas escondidas na lama
nada a atrapalhar uma caminhada solitária
mas há alguém que se importa com estes passos
há ainda luz no fim do túnel
grama verde a me esperar...

Viro páginas, uma após a outra...
luzes a piscar em algum lugar
buscando a frase perfeita da canção
Frejat tentando guiar em minhas loucuras
cantando frases românticas pra me inspirar
tontura atrapalhando qualquer tentativa...

Do primeiro vou ao décimo andar
apenas a buscar o nascer do sol perfeito
os lábios brilhando por sorriso eterno
esquecendo mazelas e guerras
estou só buscando minha garota
palavras pra tocar seu coração...

Vejo a liberdade a apenas um passo daqui
ela ainda pode ser conquistada
só basta ter doçura, ternura...
deixar o sonho ser o guia
buscar sorrindo as vitórias da vida
tão baixo, tão alto, apenas chegar....

Até aqui eu vim, não mais quero ir
a mudança de trejeitos me espera
vou deitar a mente pra aliviar
nessa mudança brusca do dia-a-dia
eternamente buscando essa inspiração
e a terça vai... e a quarta chega...
e eu vou... e eu fui... adeus!
-
Mitchell ®

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

[2004] Nada de novo

Nada de Novo
(2004)

Nós vamos encontrar a felicidade...
e eu sei (?) que isso é uma verdade...
buscar, sofrer, lutar, morrer...
será que isso que fazemos é viver?

Contam estórias de terras com mel
mas não há nada de novo abaixo do céu...
tudo são contos, nada é fato...
busco, sofro, luto, mato...

Buscando, sofrendo, lutando, matando...
e assim a vida segue andando
só quem sabe é quem sente na pele
a luta diária de uma sina que segue...

E por que falo então em felicidade
se tudo o que digo desmente minha verdade?
Assim a vida não parece ter ao menos um quilate...
Busque! Sofra! Lute! Mate!

Mas agora se pergunte: existe felicidade?
Será que é mentira, será que é verdade?
Enquanto isso continuo minha vida vulgar...
Buscar... Sofrer... Lutar... Matar!!!

Mitchell ®

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

[2005] Saudades II

SAUDADES II
(2005)

O sol que entra agora pela minha janela,
só levanta suspeitas do que aconteceu a noite passada...
Eu sei que você estava aqui...
eu ainda sinto o seu perfume no ar...
seu cheiro está em tudo o que toco...
(rola uma lágrima...)
Tento lembrar como é o seu rosto...
a única coisa que enxergo é uma névoa negra...
Como é triste não te ter aqui,
e não poder te contar o que estou sentindo...
Quanto tempo vou ter que agüentar isso?...
Quanto tempo vou ter que ficar fingindo?...
Tentando mostrar pra todo mundo que estou bem,
mesmo estando despedaçado por dentro...
Será que o amor se manifesta assim?...
Será que precisa doer tanto na pele?...

Vou até a janela e a única coisa que vejo,
é o vento a soprar uma triste melodia,
que faz me lembrar o quanto preciso de você...
As folhas que caem no meu jardim,
acumulam-se,... sem vida...
Mas não quero ir lá fora juntá-las...
quero ficar aqui no meu quarto,
pois aqui foi o último lugar que vi você...
Estou tão agarrado às suas lembranças,
que ainda não consegui pensar o que vou fazer da minha vida...

É... parece que só agora que aprendi a dar valor,
penso como estava errado ao deixar você escapar...
tal qual a água que agora rola por entre meus dedos...
(não estou conseguindo parar de chorar...)
Olho minha imagem no espelho,
tento cantar uma canção pra diminuir esse sofrimento...
não consigo... não adianta...
As únicas palavras que meu coração fala é “volta, meu amor”...
Por favor, me diga...
o que preciso fazer pra te ter de novo?...
Irei até os confins do mundo pra provar que te amo...
(não pense que isso são só palavras de um coração magoado...)
Sinto pela primeira vez na vida que amo alguém de verdade...
e não vou deixar você escapar...
(não vou mesmo...)

Onde você estiver, por favor...
me liga, me chama... que eu irei correndo...
irei com o coração na mão pra te dar...
te contarei todos os meus segredos,
e todos os sonhos que tive contigo...
(e você vai perceber que não estou brincando...
vai entender que isto não são apenas palavras...)

Desculpa-me se não soube te dar valor,
mas é que eu estava cego e não sabia...
Dei ouvidos a quem não deveria dar...

Por isso vou ficar aqui,...
olhando para o teto...
imaginando você aqui do meu lado...
Amando-me, da mesma forma como a última vez...(como estou com SAUDADES!!!!)
-
Mitchell ®

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

[2007] Linda Menina

Linda Menina
(2007)

O ar tornou-se mais leve
Senti algo diferente passar
Senti seu cheiro, seu doce perfume
Entrando por meus poros a me inebriar

Quando você está tudo muda
Nada consegue ficar igual
Tudo vai, tudo fica, tudo brilha
Ninguém mais volta ao normal

Lindos olhos e um doce sorriso
E uma pitada de malícia a preencher o olhar
Receita perfeita em uma linda menina
Tão frágil, tão meiga, tão fácil de se amar

Faz tempo que te conheço?
Não sei, não consigo lembrar
Tudo mudou após sua vinda
Não vejo nada mais no mesmo lugar

Filosofia de vida? Pra quê?
Se a única constante ao seu lado é a mudança
(Não consigo tirar meus olhos
Fui acertado por alguma lança)

Simples frases, talvez frases simples
Que aqui tentei escrever
Brotaram do nada (talvez do coração)
De algo lindo que está a nascer

Mitchell ®

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

[1998] Saudades

Saudades
(1998)

Quando te conheci logo por ti me apaixonei
E logo pensei que você não ia me querer...
Então eu ficava imaginando...
A sua boca na minha... o toque do seu corpo...

E todas as coisas que por muito tempo imaginei
Vieram pra mim e se tornaram realidade...
Mas infelizmente o tempo que tive foi pouco
E mal demonstrei o amor que tinha por ti.

Agora vivo apenas de lembranças...
(pelo menos são lembranças boas)
Daqueles momentos únicos...
Que em tão pouco tempo vivi.

Em meus devaneios você sempre aparece
Com o mesmo sorriso lindo que sempre tiveste...
Só que de sonhos não viverei eternamente...
E assim pra realidade venho, pra minha mágoa volto.

Tento esquecer do que tanto tenho saudade
Mas não adianta... logo desisto...
E assim vou levando a vida...
Tentando ESQUECER o que do coração NUNCA SAIRÁ!
---
Mitchell ®

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

[1998] Soneto de um louco amor

Soneto de um louco amor
(1998)

De onde vem esse olhar insano, aflito
Investigando o meu pensamento?
De onde vem esse seu sorriso
Que vem intensificar o meu alento?

Esse seu beijo que tem o gosto de um favo de mel
Inebria-me num louco sonho
E aproveito então nesses devaneios
E meu coração em tua mão ponho

E se sou feliz é por causa de você
E farei de tudo para não te perder
Porque sem você só irei sofrer

E em todos os caminhos que eu trilhar
Farei de tudo para te encontrar
(E um dia você verdadeiramente vai me amar).
---
Mitchell ®

domingo, 23 de setembro de 2007

[1998] Lembranças

Lembranças
(1998)

Ainda procuro em minhas lembranças
algo que me lembre como tudo aconteceu...
lembro-esqueço no meu dia a dia,
dos nossos beijos, dos nossos carinhos...
e lembro de sonhos sonhados,
tristezas e alegrias, e principalmente
da minha certeza quanto ao futuro.

Ainda tento, em minhas lembranças...
procurar aquele seu sorriso lindo...
aqueles seus olhos que me provocavam...
aqueles seus lábios tão macios,
que imploravam pra neles mergulhar.
E em loucas fantasias voávamos
sem a preocupação de onde ir, de onde parar...

Mas ainda não consigo entender
o que fez com que aquele mar de amor (?) fosse destruído...
e minhas mãos, tão apegadas às suas
sentiram frio, calor... tremeram...
e minha boca, antes colada à sua...
agora é apenas molhada pelas lágrimas,
de meus olhos que não mais te vêem...

Fico a observar sua foto...
(e lá fora a chuva a cair)
De repente, sem mesmo perceber
uma lágrima insiste em descer...
fico então a pensar,
se o que nela desce,
é a solidão da sua ausência...
ou a saudade dos nossos momentos...

Fecho então o álbum de fotos...
começo a me perder em loucos sonhos,
onde tudo pode acontecer...
onde posso novamente me encontrar com você...
Mas rapidamente volto à realidade...
e a alegria que começava a se erguer,
desmorona num turbilhão repentino...(Lembranças!!!!....)
-
Mitchell ®

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

[2005] Sonhos com Aniole III

Sonhos com Aniole III
(2005)

Um anjo do céu
Trouxe-me um anjo perfeito
No seu colo até mim
(meu coração bateu forte no peito)...

Vou guardar aquele beijo
E deixar a vida rolar
Vou arrumar minha casa
Quem sabe um dia te encontrar...

Vou para o andar de baixo
Ou quem sabe para o andar de cima
Vou tentar me encontrar...
(na mente o seu sorriso de menina)...

Vou compor uma canção
Pra mostrar o que estou sentindo
Ir até o céu buscar as mais lindas estrelas
Encher sua vida delas, um momento lindo...

E deixar a janela do meu quarto aberta
Sentir a brisa suave entrar
Olhando velhas fotos, lembrando...
Pensando em como tudo podia mudar...

Na boca um gosto leve, um doce gosto...
Um leve sabor... sabor de amar...
Um sonho chamado você, linda menina...
Meu porto seguro, onde quero ficar...

Lá fora agora chove...
Uma chuva mansa a cair...
Uma lágrima rola, solitária...
Mas não de tristeza, pois estou a sorrir...

Apenas lembrando daquele beijo
Que tanto quero esquecer...
Mas sei que não consigo...
Um momento lindo assim não pode morrer...

A chuva aumenta
Sinto o meu peito a doer...
É meu coração reclamando
Não estou pensando no que pode acontecer...

Lá fora tantas pessoas
Vidas que vêm, vidas que vão...
Vidas vazias, caminhos em curvas
Procurando um rumo, procurando direção...

Sei que o momento não é esse, meu anjo
Mas prefiro terminar...
Enquando o adeus é leve, sem tristeza
Meu porto seguro... onde realmente quero ficar...

Mitchell ®

terça-feira, 21 de agosto de 2007

[2003] Sonhos com Aniole II

Sonhos com Aniole II
(2003)

A luz opaca que surge
Nessa manhã tão fria
É só a lembrança de um sonho amargo
Que passou pela minha mente a noite passada

Nada no mundo pode explicar...
Nem palavras belas, nem feias...
Nem gestos tristes, nem alegres...
O que se passa no interior dessa casa...

Lá fora uma chuva fina cai...
Chorosa, lamentando a cada gota...
Sem saber onde vai cair...
Sem saber o próprio rumo...

Quanta coisa aconteceu até agora!!
Será que foi tudo em vão?
Ou será que foi falta coragem,
Pra chuva encontrar seu destino...

Rios e rios se formam com o avanço das águas...
E ninguém impede que isso continue...
Acham que tudo é normal,
E é só esperar que o sol já vai aparecer...

Mas o rio continua a encher...
E começa a levar as casas de sua margem...
Uma voz clama por socorro,
Mas quem está vendo nem se importa...

De repente aparece o sol...
E tudo volta a brilhar novamente...
Só que agora nada é como antes....
Tudo mudou de forma e cor...

Mas a vida continua...
E tudo um dia se encaixa...
Cada qual em seu lugar...
Cada um com sua forma de amar!

Mitchell ®.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

[2003] Sonhos com Aniole

Sonhos com Aniole
(2003)

E me senti sozinho, sabe?
No meio de todos
Me sentindo um nada...
Estava sem rumo,
Buscando algo mas não sabia o quê,
Norte e Sul eram a mesma direção.
Não importava pra que lado estava indo...
Só não queria parar,
Queria parar de sofrer!!!

E aí encontrei você...
Mas já havia te encontrado milhares de vezes.
Só que dessa vez era diferente...
E falar com você, naquele dia
Foi como alcançar o mais alto dos picos...
Foi como encontrar a paz,
Que parecia tão distante e ao mesmo tempo tão perto...

Me sentia um pássaro,
Livre a voar no vento...
Sem correntes nos pés
Sem cordas me segurando.
E você era a razão de tudo isso.
Você, que com um simples olhar
Me derrubou e me levantou...
E me deu força para respirar,
Em meio a fumaça que não queria se dissipar.

E senti minha pele doer...
Porque sabia que você não era minha!
(talvez nunca será...)
Então me joguei em devaneios,
Fui para outro lugar...
Corri céu, corri terra
Corri floresta, corri mar.
(dessa vez não consegui voar,
me senti preso ao chão)
Não podia tocar você...
Não podia alcançar sua mão...

E comecei a pensar,
Em tudo o que tinha vivido...
E de repente parei,
Pois talvez nunca tenha acontecido.

De um simples olhar,
Voei para te tocar...
Mas encontrei barreiras,
Não achei saída...
Corri de volta
P’ro lugar da partida.
Procurei você,
Encontrei um coração,
Me olhando sério....
Me dizendo não....

E a luz do sol a me ofuscar...
Numa manhã nublada de tom cinza
(acho que já estou pirando...)
Mas já não importa,
O ponto de chegada.
Só vale a pena saber,
Porque foi dada a largada.

E eu senti
Senti seu amor...
Como uma folha seca
Que o vento levou...
E a solidão,
Na minha porta a bater...
Mas não tem ninguém,
Com vontade de atender.
Pois ninguém sabe,
O que se passa aqui dentro,
Ninguém quer ver,
Uma vida de quase-momento.

E a luz brilhou,
Mas eu nem vi...
Não sinto nada,
Está tão frio aqui!
Um precipício tão fundo,
E meu corpo a cair...
E um sussurro dizendo:
"Por favor, volte aqui"

Mas eu senti você passar,
Tão depressa, tão devagar...
Me olhando assim,
Desse jeito, tão linda
(e na minha mente um devaneio...
você sendo minha...)

E isso tudo foi,
Uma coisa que vivi...
Quando você surgiu,
E passou por aqui...
E você em meus braços,
Um longo beijo de amor...
Quando então descobri,
Que tudo o que tinha vivido,
Era só um sonho distorcido,
De uma realidade que é pura DOR!
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Mitchell ®.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

[2003] Vida Indiferente

Vida Indiferente
(2003)

Na gota de um orvalho te achei
No brilho do luar eu te perdi
Na sombra de um sorriso naveguei
Quando raios de sol brilharam aqui

E da noite que se faz agora dia
Vento forte faz o mundo renascer
Tempo passa com uma chuva fina, fria
São detalhes que completam meu viver

Vejo raios, relâmpagos, trovões
Vida simples, julgo ser indiferente
Navegando, negro mar de emoções
Tanta chuva, tanta luta, tanta gente

Sob um deserto grita só a Alegria
Clama só por perdão que não se tem
Reina a conquista da batalha da Harmonia
Rola uma lágrima por alguém que nunca vem

Aprendi que o meu fim será o pó
E descobri que do futuro nada sei
Só não quero no fim de tudo ficar só
Coração partido por alguém que esperei...

Mitchell

terça-feira, 10 de julho de 2007

[2006] Fotografia

Fotografia
(2006)

Sentado em minha cama
A ler um livro qualquer
Começo a sonhar
Perder-me por entre palavras

Fico a pensar em nossos momentos
No início de toda essa loucura
Você inocente, eu te descobrindo
Navegando por mares estranhos

Lembro de nosso primeiro beijo
A minha boca pousando na tua
Incerta de tudo, ávida por mais
Traçando planos antes do primeiro toque

Não sabia o que era aquilo
Nunca havia sentido tal sensação
Estava no meio das nuvens
Viajando leve ao sabor do vento

Lá fora, agora, a chuva começa a cair
Fico a imaginar se não são lágrimas
Anjos tristes vendo tal situação
Nada podendo fazer pra nos unir

Vidas estranhas, caminhos cruzados
Um buscando o abraço do outro
Desejando ter por toda a eternidade
O calor e o colo desse lindo amor

Mas estamos na contramão de tudo
E os guardas da vida estão nos olhando
Tentando impedir, tentando mudar
A estrada criada por nós pra felicidade

E a vida dá voltas e voltas
E eu, que pensava já imune ao seu encanto
Vi minhas muralhas desabarem
Derrubando as barreiras para sua chegada

Sua voz é uma doce melodia
Suave como veludo no meu ouvido
Atravessando minha alma rapidamente
Acariciando meu coração carente por seu amor

Quantos caminhos tortuosos?
Quantos cruzamentos ainda terei que ver?
Quantas músicas terei que ouvir?
Pensando um dia te reencontrar

Queria que você entendesse minha história
E chegasse de mansinho ao meu lado
Dizendo morrer de saudades
Não suportando mais essa distância ingrata

Eu tento, mas não chego perto
Sinto o coração descompassado
Vejo sua foto, fico tremendo
Sinto que ainda estamos ligados

Esse seu eterno sorriso fotográfico
Faz meu coração pulsar diferente
Tentando entrar em um ritmo
Sangue correndo no fluxo da paixão

Resolvi sair, esfriar a cabeça
Água a lavar a minh’alma
Tentando esquecer, mudar de vida
Impossível ir contra a maré

Subir no ponto mais alto
Olhar o mundo lá de cima
Procurar sonoridade na natureza
Pedir conselho pros querubins

Sumir do mapa, talvez te esqueça
Apagar a luz, puxar o cobertor
Sentir a cabeça e o corpo pesar
Sonhar distante, desejar só você

Tão longe e ao mesmo tempo tão perto
Indecisão batendo à minha porta
Pressão do tempo, apenas uma vida
Decisão difícil, luta injusta

Vou pro norte querendo ir pro sul
Visito o sul querendo estar no oeste
Olhando o oeste, sonhando com o leste
Tentando achar um lugar ao sol

Muitas palavras, pouca expressão
Frases contidas, medo de ser descoberto
Disputa de ego, sono chegando
Mais uma vez vou encontrar você

Fecho os olhos, vejo seu sorriso
Lindos olhos a me fitar
Erros e acertos, sinuosos caminhos
Aqui estou de novo ao seu lado

Volto pra casa, acordo assustado
Sinto o gosto do seu beijo em meus lábios
Te perdi pra sempre, te perdi meu amor
Mas nunca vou perder as esperanças

Navego em negro mar, porto seguro distante
Coração dilacerado, palavras frias demais
Busco razão de vida, tentar entender quem sou
Pra onde vou,
o que fazer,
o que dizer,
o que sonhar,
pra onde olhar,
como pensar,
o que beber,
o que comer,
quando respirar,
a quem ouvir,
quanto chorar,
que bocas beijar,
que frases falar,
com quem brigar,
quando gritar,
o que sussurrar,
quem defender,
quando brincar,
que segredos guardar,
o que contar...
Enfim...
Quem sou eu...
Pra onde vou...
O que eu estou fazendo aqui.

Mitchell

[2007] Simples Versos

Simples Versos
(2007)

Fico diante da folha a pensar
A dúvida me assola, o que devo escrever?
Uma letra de música, algo para cantar...
Ou simples versos gostosos de se ler?

Enquanto a pergunta permeia meu pensamento
Deixo a caneta correr, livre pelas linhas
Em meio a devaneios, navego em cada momento
Investigando, buscando nas lembranças minhas

Quanto mais corre a caneta mais navego
Pensando em doces palavras, doces melodias
Que possam massagear levemente seu ego
Amenizando tristezas, suavizando o dia-a-dia

Que bom lembrar cada momento ao seu lado
Saber que a cada dia te quero mais e mais
Esse simples pensamento me deixa inebriado
Sinto que só ao seu lado minha vida tem paz

Amor, paixão, nem sei explicar direito
Qual motivo fez-me hoje escrever
Acho que foi talvez esse momento perfeito
Que ao seu lado estou a viver

E se encerro assim tão de repente
Não é por falta do que falar
Apenas quero deixar gravado em sua mente
Que estou, meu amor... a cada dia... cada vez mais... a te amar!!!

Mitchell

Padrão de Postagens

Antes de postar o primeiro poema já apresento pra vcs o padrão que vou inserir meus posts... Vou colocar sempre no início do título o ano e depois o título do poema. O ano que eu colocar no ínicio do título foi o ano em que escrevi. Como comecei a escrever em 1996 e naquela época não me preocupava muito em colocar data, resolvi adotar por padrão a anotação apenas do ano, e não da data...
Para outros tipos de posts como frases, links, etc colocarei apenas o título.
Exemplo de título de poema: [2007] Simples Versos
Abraço a todos e $uce$$o!
Mitchell.

Início do blog

Bom galera, estou começando meu blog... nesse início vou começar postando alguns poemas meus mais recentes... Assim que eu for me acostumando com blogs vou postando mais coisas, como frases, fotos, links pra outros blogs, etc.

Espero que curtam e, por favor, comentem. Pode ser crítica, elogio, sugestão, enfim, o que der na telha... só peço pra não me ofenderem e não postarem palavrões ok??

Um grande abraço a todos!

Mitchell.