terça-feira, 7 de agosto de 2007

[2003] Sonhos com Aniole

Sonhos com Aniole
(2003)

E me senti sozinho, sabe?
No meio de todos
Me sentindo um nada...
Estava sem rumo,
Buscando algo mas não sabia o quê,
Norte e Sul eram a mesma direção.
Não importava pra que lado estava indo...
Só não queria parar,
Queria parar de sofrer!!!

E aí encontrei você...
Mas já havia te encontrado milhares de vezes.
Só que dessa vez era diferente...
E falar com você, naquele dia
Foi como alcançar o mais alto dos picos...
Foi como encontrar a paz,
Que parecia tão distante e ao mesmo tempo tão perto...

Me sentia um pássaro,
Livre a voar no vento...
Sem correntes nos pés
Sem cordas me segurando.
E você era a razão de tudo isso.
Você, que com um simples olhar
Me derrubou e me levantou...
E me deu força para respirar,
Em meio a fumaça que não queria se dissipar.

E senti minha pele doer...
Porque sabia que você não era minha!
(talvez nunca será...)
Então me joguei em devaneios,
Fui para outro lugar...
Corri céu, corri terra
Corri floresta, corri mar.
(dessa vez não consegui voar,
me senti preso ao chão)
Não podia tocar você...
Não podia alcançar sua mão...

E comecei a pensar,
Em tudo o que tinha vivido...
E de repente parei,
Pois talvez nunca tenha acontecido.

De um simples olhar,
Voei para te tocar...
Mas encontrei barreiras,
Não achei saída...
Corri de volta
P’ro lugar da partida.
Procurei você,
Encontrei um coração,
Me olhando sério....
Me dizendo não....

E a luz do sol a me ofuscar...
Numa manhã nublada de tom cinza
(acho que já estou pirando...)
Mas já não importa,
O ponto de chegada.
Só vale a pena saber,
Porque foi dada a largada.

E eu senti
Senti seu amor...
Como uma folha seca
Que o vento levou...
E a solidão,
Na minha porta a bater...
Mas não tem ninguém,
Com vontade de atender.
Pois ninguém sabe,
O que se passa aqui dentro,
Ninguém quer ver,
Uma vida de quase-momento.

E a luz brilhou,
Mas eu nem vi...
Não sinto nada,
Está tão frio aqui!
Um precipício tão fundo,
E meu corpo a cair...
E um sussurro dizendo:
"Por favor, volte aqui"

Mas eu senti você passar,
Tão depressa, tão devagar...
Me olhando assim,
Desse jeito, tão linda
(e na minha mente um devaneio...
você sendo minha...)

E isso tudo foi,
Uma coisa que vivi...
Quando você surgiu,
E passou por aqui...
E você em meus braços,
Um longo beijo de amor...
Quando então descobri,
Que tudo o que tinha vivido,
Era só um sonho distorcido,
De uma realidade que é pura DOR!
-------
Mitchell ®.

Um comentário:

Anônimo disse...

Já tinha lido essa poesia (há muito tempo atrás, em uma carta).
Linda muito linda!
Bom então é isso!
Não sei o que escrever[?]. Me falta inspiração.
Bj
Obs: ( e tbm estou com pressa de ir pra casa).